domingo, 11 de julho de 2010

O LOUCO



O SONHO
De olhos arregalados, inocente como um recém-nascido, O Louco desceu dos domínios celestes e apeou no cume verde e violeta vibrante das montanhas, pronto para começar a jornada mística no caminho da iluminação. Tudo é novo para ele, que ainda não aprendeu a ter medo. O Louco vive de momento a momento, seguindo em frente sem nenhum pensamento premeditado, alheio as armadilhas e aos perigos que podem haver a frente. Na algibeira, leva lembranças, instintos e sensações que teve em vidas anteriores: é o chamado "inconsciente coletivo", que está esperando para ser usado. O bastão simboliza a fé pura dos atos do Louco e é coroado com uma cabeça que olha para trás, relacionando o seu passado com o presente. O cachorro que o segue pulando representa a natureza animal do nosso corpo físico e é visto numa harmonia brincalhona com O Louco, como um animal de estimação brinca com uma criança. O sonho está impregnado de verde (cor do crescimento) e o céu está cheio de luz nova e clara da primavera, e de uma vida nova e brilhante. Por não ter malícia nem desejo, O Louco só consegue dizer a verdade, do mesmo modo que os bobos da corte, que mantiveram a tradição dele.

O DESPERTAR

Não analise demais as coisas; as vezes, você simplesmente tem de correr riscos. Esta não é a hora de sofisticar nada, nem de procurar significados ocultos nas palavras ou nos atos dos outros. Seja como uma criança, ou não verá o céu na terra. Não olhe para trás nem procure prever atos ou fatos. Está na hora de ter fé e inocência.

O ENCANTAMENTO

Sopre bolhar de sabão e não pense em nada. Se algum pensamento do mundo se intrometer, veja-o como uma bolha de sabão flutuando e estoure todas as que aparecerem, uma a uma. Brinque com crianças e deixe que elas, e não você, guiem a brincadeira. Não queira tirar lições destas atividades: simplesmente execute-as. Antes de se afastar delas, cante "A Canoa Virou...", a brincadeira infantil onipresente que é um remanescente das épocas e religiões antigas que sobreviveram a perseguição ocultando a própria sabedoria num "jogo", como fez o tarô.

texto extraído do Tarô Encantado de Amy Zerner e Monte Farber

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